O presidente libanês, Michel Aoun, pediu ontem a realização de reuniões governamentais, mesmo que sejam boicotadas pelo Hezbollah e pelo Movimento Amal, informou a mídia local.
Tanto o Hezbollah quanto o Movimento Amal estão boicotando reuniões do governo em protesto contra a investigação judicial da explosão no Porto de Beirute. Eles alegam que o juiz que conduz a investigação é tendencioso.
O governo se reuniu pela última vez em 12 de outubro, quando o Hezbollah e o Amal insistiram que o juiz Tareq Bitar fosse substituído.
Em uma declaração emitida pela presidência libanesa e relatada pela TV Al Jadeed, Aoun disse que o governo não pode permanecer inativo. “O governo deve discutir e tomar decisões sobre questões urgentes, como aprovar o orçamento para lidar com a questão da eletricidade.”
“A existência de disparidade de opinião não significa que haja um desacordo”, acrescentou.
“Pedimos respeito à Constituição, porque o contrário significa caos.”
O Líbano está em um atoleiro econômico e procura apoio financeiro imediato. O país está passando por uma das piores crises financeiras vistas globalmente desde meados do século XIX e a lira libanesa foi desvalorizada.
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