O presidente do Parlamento do Líbano, Nabih Berri, disse, na quarta-feira, que seu país está sob cerco, em meio a uma crise diplomática com os países do Golfo, de acordo com a Agência Anadolu.
Falando durante uma reunião com o chefe do Sindicato de Editores do Líbano, Joseph Qossaifi, Berri questionou como os países árabes poderiam abrir suas portas para Israel, enquanto eles “fecham seus portões para o Líbano, que pagou um alto preço para preservar sua identidade árabe”.
“Sim, o Líbano está enfrentando um cerco”, disse Berri. “Para chegar a soluções, é preciso haver diálogo.”
As relações entre o Líbano e os países do Golfo ficaram tensas após declarações polêmicas do ex-ministro da Informação George Kordahi sobre o conflito iemenita antes de ele assumir seu posto no novo governo libanês.
Irritados com os comentários de Kordahi, Arábia Saudita, Emirados Árabes, Kuwait e Bahrein chamaram de volta seus embaixadores do Líbano.
Em uma tentativa de encerrar a disputa diplomática com os países do Golfo, Kordahi renunciou ao cargo em 3 de dezembro.
O Líbano busca acabar com a crise diplomática com o Golfo, já que o país está sofrendo uma crise econômica paralisante, em meio à escassez de combustível e suprimentos médicos.
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