![Bandeira de Marrocos, 8 de maio de 2019 [Kristin Harvey/Flickr]](https://i0.wp.com/www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2021/12/Morocco-flag22907715_cddeaf3604_o.jpg?resize=1200%2C800&quality=75&strip=all&ssl=1)
O Partido da Justiça e Desenvolvimento do Marrocos exigiu a arabização de documentos e dados administrativos nos sites de ministérios e instituições públicas.
O fato foi mencionado em nota da bancada parlamentar do partido (oposição) na Câmara dos Deputados na sexta-feira (17).
O partido indagou sobre a ”melhoria e promoção da língua árabe na mídia marroquina e o declínio do uso da língua árabe nos estabelecimentos públicos e aspectos da vida no país”.
O partido também encaminhou um pedido para realização de uma reunião da Comissão de Educação, Cultura e Comunicação na Câmara dos Deputados, na presença do Ministro da Educação Nacional Chakib Benmoussa e do Ministro da Cultura e Juventude Mehdi Bensaid, para discutir o estado da língua árabe em programas educacionais, culturais e de informação pública.
Juristas e advogados já haviam criticado a adoção da língua francesa em atos administrativos e documentos. Mohamed Barkou, ex-integrante da Ordem dos Advogados de Rabat, já havia exigido a “rejeição” de qualquer documento escrito em francês.
Em agosto de 2019, entrou em vigor a lei de reforma da educação no Marrocos, e uma das disposições que permite o ensino de disciplinas em língua francesa.
Em declarações, partidos políticos e associações civis criticaram a adoção do francês no ensino de disciplinas educacionais. A metrópole europeia ocupou o Marrocos entre 1912 e 1956.
Em seu quinto capítulo, estipula a Constituição do país: “O árabe continua sendo a língua oficial do Estado, que trabalhará para proteger, melhorar e desenvolver seu uso. O tamazight também é uma língua oficial do Estado, pois é um bem comum a todos os marroquinos, sem exceção”.
O Dia Mundial da Língua Árabe é celebrado em 18 de dezembro de cada ano. É o dia em que a Assembleia Geral das Nações Unidas publicou a Resolução nº 3.190, aprovando a inclusão do árabe entre os idiomas oficiais e de trabalho das Nações Unidas.
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