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Segundo a Turquia, relatório dos EUA sobre terrorismo é ‘incompleto e tendencioso’

Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Turquia, embaixador Tanju Bilgic, em Ancara, Turquia, em 21 de outubro de 2021 [Cem Özdel/Agência Anadolu]
Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Turquia, embaixador Tanju Bilgic, em Ancara, Turquia, em 21 de outubro de 2021 [Cem Özdel/Agência Anadolu]

Ancara afirmou nesta sexta-feira (17) que o Relatório do Departamento de Estado dos Estados Unidos sobre Terrorismo para 2020 “reflete uma abordagem incompleta e tendenciosa” em relação aos esforços turcos para combater grupos terroristas.

Em uma declaração para o Ministério das Relações Exteriores da Turquia, o porta-voz Tanju Bilgiç respondeu que no relatório: “É visto que a luta da Turquia contra organizações terroristas como PKK, DHKP-C e DEASH [sic] e suas contribuições ativas contra os esforços de terrorismo não foram avaliadas de maneira justa”.

Acrescentou: “Na seção da Síria, alegar que os grupos filiados ao PKK são a principal preocupação de nosso país na luta contra o terrorismo no país é uma admissão de que o SDF/PYD/YPG é o mesmo que o PKK, mesmo que não sejam mencionados pelo nome”.

Bilgiç continuou: “Os nossos homólogos dos EUA também estão bem cientes de que o chamado ‘FDS’ [Forças Democráticas da Síria], que recebe o apoio dos EUA sob o pretexto de combater o DEASH [sic], está sob a orientação do PKK. Por esse motivo, é inaceitável que o relatório não mencione os ataques terroristas por grupos afiliados do PKK visando civis, incluindo hospitais, na Síria, resultando na morte de mais de 120 pessoas inocentes no ano passado”.

Prosseguiu o porta-voz: “No relatório, observa-se que a luta justa e legítima da Turquia contra a hedionda organização terrorista FETO é avaliada com preconceito, sem levar em conta a sangrenta tentativa de golpe e as atividades do crime organizado dessa organização furtiva”.

Segundo o funcionário turco: “A Turquia mantém a sua luta contra o terrorismo com base no Estado de direito e sem fazer qualquer distinção entre as organizações terroristas, ao mesmo tempo que garante o equilíbrio entre segurança e direitos e liberdades com prudência”.

“Portanto”, sublinhou, “as alegações do relatório indicando que os direitos e as liberdades foram restringidos de forma desproporcional e injustificada são infundadas e inaceitáveis”.

Concluindo a declaração, expressou Bilgiç: “Atitudes e retórica além disso são incompatíveis com os esforços que visam aumentar a cooperação internacional na luta contra o terrorismo e as relações de espírito de aliança”.

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