O Ministério das Relações Exteriores do Iraque anunciou, na sexta-feira, a evacuação de 3.817 de seus imigrantes ilegais presos na fronteira com a Bielorrússia por meio de dez voos de emergência.
“Em um mês, conseguimos realizar dez voos excepcionais para devolver aqueles que desejam voltar voluntariamente”, revelou o porta-voz do ministério, Ahmed Al-Sahaf, em um comunicado, do qual a Agência Anadolu recebeu uma cópia.
“O voo de evacuação para devolver aqueles que desejam retornar voluntariamente transportou 258 cidadãos, enquanto nós conseguimos até agora retornar 3.817 iraquianos. Quinhentos e dezoito passaportes foram concedidos até agora, estamos coordenando o apoio humanitário de campo na Bielorrússia, Lituânia, Letônia e Polônia”, afirmou o porta-voz.
“A depender dos esforços das embaixadas iraquianas em Moscou e Varsóvia, nossas delegações consulares continuam a trabalhar no campo registrando os nomes daqueles que desejam retornar e garantindo a proteção de outros”, explicou Al-Sahaf.
Ele acrescentou: “Por meio da coordenação com as autoridades na Bielorrússia, conseguimos retirar multas relacionadas à violação das condições de residência de todos os cidadãos que retornaram voluntariamente, no valor de mais de US$ 770.000”.
Essa evacuação ocorreu após uma crise humanitária agravada para milhares de migrantes irregulares na Bielorrússia e nas fronteiras da União Europeia (UE).
No início de novembro, muitos requerentes de asilo tentaram cruzar a fronteira para entrar na Polônia vindos da Bielorrússia, onde atualmente centenas estão presos, de acordo com a Agência de Imprensa Polonesa.
A UE acusa o presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, de coordenar a chegada dessa onda de migrantes e refugiados ao leste da Europa, em resposta às sanções europeias impostas ao seu país após a “repressão brutal” praticada por seu regime contra a oposição.