Hasan Irlu, embaixador iraniano em Sanaa, capital do Iêmen, faleceu de coronavírus após retornar a seu país nesta semana.
O Ministério de Relações Exteriores do Irã confirmou o “martírio” do diplomata responsável por contactar o chamado Governo de Salvação Nacional, liderado pelo movimento houthi, via postagem no Twitter, compartilhada na manhã desta terça-feira (21).
https://twitter.com/IRIMFA/status/1473172950509670406?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1473172950509670406%7Ctwgr%5E%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.middleeastmonitor.com%2F20211221-irans-envoy-to-yemen-hasan-irlu-dies-of-covid%2F
Embaixador iraniano no Iêmen, Hasan Irlu, morre de covid, confirma chancelaria em Teerã
Saeed Khatibzadeh, porta-voz da chancelaria iraniana descreveu Irlu como “mártir” e “veterano da guerra química”, em referência à Guerra Irã-Iraque, entre 1980 e 1988.
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Khatibzadeh culpou a “cooperação tardia de alguns países” pela demora no retorno de Irlu para receber tratamento, em aparente referência à Arábia Saudita, chefe da coalizão intervencionista, que permitiu a chegada do diplomata ao Iêmen em uma avião iraquiano.
Desde 2016, a coalizão saudita mantém um bloqueio contra o Aeroporto Internacional de Sanaa, como resposta à captura da capital iemenita por tropas paramilitares houthis, ligadas ao Irã, que depuseram o governo aliado do então presidente Abd Rabul Mansour Hadi.
Nesta segunda-feira (20), a coalizão executou uma série de ataques contra o aeroporto, sob pretexto de que suas instalações foram utilizadas para lançar foguetes através da fronteira.
Ao comentar o falecimento, Mohammad Abdulsalam, chefe de negociação do movimento houthi, ofereceu suas “sinceras condolências à liderança iraniana e ao querido povo do Irã”.
Ao descrevê-lo como um oficial de destaque nas Forças al-Quds, unidade de elite da Guarda Revolucionária Iraniana, o governo dos Estados Unidos institui sanções contra Hasan Irlu, no final do último ano, após sua indicação como embaixador por Teerã.
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