A Líbia precisa de quase um milhão de trabalhadores egípcios para reconstruir o país, afirmou nesta segunda-feira (20) o Ministro do Trabalho e Reabilitação, Ali al-Abed.
Al-Abed reuniu-se com seu homólogo egípcio, Mohamed Saafan, na cidade do Cairo, para anunciar o lançamento de um novo portal eletrônico desenvolvido em parceria, cujo objetivo é regulamentar viagens de trabalhadores entre ambos os países.
Segundo o ministro líbio, a iniciativa “poupará tempo e esforço para que empresas líbias levem trabalhadores egípcios sem intermediários ou mediadores”, além de fornecer a “proteção necessária para que os trabalhadores não caiam nas mãos de companhias-fantasmas”.
“Não queremos que os trabalhadores sejam explorados por gangues; portanto, combatemos a imigração ilegal ao regulamentar a entrada de mão de obra em nosso país”, observou al-Abed.
Não obstante, o ministro advertiu que seu governo não possui qualquer responsabilidade por trabalhadores que contornarem o sistema eletrônico para adentrar no país.
De sua parte, Saafan afirmou que o Egito “não pode esperar para facilitar o recrutamento de seus trabalhadores tão necessários ao mercado da Líbia, a fim de reconstruí-la”.
“O novo mecanismo deve concentrar-se na prevenção da exploração ilegal do trabalho importado, inclusive via tráfico humano”, acrescentou o oficial egípcio.
Há décadas, a Líbia é considerada um destino majoritário para trabalhadores do Egito.
Quase um milhão de cidadãos egípcios exerciam as mais diversas atividades no país vizinho, até autoridades ordenarem sua evacuação após uma milícia ligada ao Estado Islâmico (Daesh) sequestrar e decapitar vinte cristãos egípcios em meados de 2017.
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