Hamas deposita esperança na conferência da Argélia para a implementação de acordos entre facções

O Movimento de Resistência Islâmica Palestina – Hamas – disse, na terça-feira, que espera que a conferência argelina para facções palestinas leve à implementação de acordos ajustados pelos grupos, informou a Agência Anadolu. A conferência foi anunciada pelo presidente argelino, Abdelmadjid Tebboune, quando se encontrou com Mahmoud Abbas, da Autoridade Palestina, em 8 de dezembro.

“Ressaltamos a importância de realizar a conferência palestina na Argélia”, disse o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, à Rádio Internacional da Argélia. “Diante da onda de normalização na região, o mais importante é dar espaço ao papel argelino em relação à causa palestina.”

O Hamas, acrescentou, deseja participar da conferência na Argélia e se beneficiar dos argelinos que “estão à mesma distância” de todas as facções palestinas.

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Os palestinos sofrem com uma divisão política interna desde 2007, quando o movimento secular Fatah se recusou a aceitar o resultado da eleição que levou o Hamas ao poder. Israel, alguns Estados árabes e a comunidade internacional apoiaram o Fatah e o caos resultante, apesar do fato de que as eleições foram julgadas por observadores independentes como “livres e transparentes”. Israel e seus aliados, incluindo o Egito, impuseram um cerco à Faixa de Gaza desde então.

AP e Hamas devem estabelecer ‘governo de unidade nacional’ [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]

Numerosas negociações entre as facções mediadas por governos árabes e partidos internacionais falharam devido à insistência do Fatah de que o Hamas deve primeiro reconhecer Israel e os acordos existentes com o Estado de ocupação.

No ano passado, todas as facções palestinas concordaram que uma eleição parlamentar deveria ser realizada, seguida por uma eleição presidencial e outra para o Conselho Nacional Palestino. Eles estavam programados para maio deste ano. No entanto, poucos dias antes de sua realização, Abbas emitiu um decreto presidencial adiando-os, alegando que sua decisão foi devido à proibição israelense de que os habitantes de Jerusalém participassem das urnas.

Os críticos afirmam que ele foi pressionado por Israel e seus aliados a cancelar as eleições devido à probabilidade de o Hamas vencer, ou pelo menos obter um número significativo de cadeiras no parlamento palestino, o Conselho Legislativo. Mais uma vez, eles dizem, está sendo negado ao povo da Palestina seu direito de escolher sua liderança política e ter sua escolha aceita pela comunidade internacional.

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