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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Trabalharemos para pressionar a potência ocupante a respeitar o Direito Internacional

Entrevista com o senador chileno Sergio Gahona, na Conferência de Parlamentares por Jerusalém

O senador Sergio Gahona, vem dos Pampas, do norte do Chile, neto de trabalhadores do nitrato e filho de um motorista de táxi e de uma mãe trabalhadora. Aprendeu a ler e escrever em uma escola rural no deserto do Atacama e teve os estudos básicos, médios e universitários em  instituições de educação públicas. Formou-se em obstetra e consegui a pós-licenciatura em Economia, Administração e Educação. Hoje é casado e pai de seis. Sua esposa é de origem palestina.

Nesta entrevista ao Monitor do Oriente Médio, durante a Conferência dos Parlamentares por Al-Quds (Jerusalém), realizada em 30 de novembro, na Turquia, ele recorda o interesse paela política desde os tempos de universidade, onde foi líder estudantil e chegou a reitor da Universidade Tecnológica (Inacap). Trabalhou  em multinacionais antes de dedicar-se integralmente à política no ano de 2010, como prefeito da região de Coquimbo, posteriormente eleito deputado por dois mandatos. Atualmente é senador da República.

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Como está  a situação política no Chile?

Estamos em um momento de expectativa da política chilena, com mudanças institucionais às portas por meio de convenção que está elaborando uma nova constituição e com uma eleição presidencial polarizada. O Chile é um país que teve o maior desenvolvimento da América Latina, mas também mantém dificuldades significativas com a desigualdade econômica e social de sua população. Nós confiamos no bom senso dos chilenos e, sem prejuízo do resultado das eleições, acredito que vamos resolver nossos problemas com diálogo e muito generosidade de todos os setores políticos.

Como você prevê o futuro político da América Latina?

Muito incerto, visto que existe a preocupação com o surgimento de populismos que

colocam em risco a estabilidade social e econômica de nossos países. Espero que seja alcançado um equilíbrio nas esferas política e econômica e que podemos responder às demandas sociais sem hipotecar o futuro da região.

Há uma grande comunidade palestina no Chile, e sua esposa também é de origem palestina. Qual a sua experiência com esta comunidade?

A comunidade palestina no Chile é muito grande e tem dado uma contribuição gigantesca para o crescimento e desenvolvimento do país e nunca se esqueceu de suas origens, mantendo um compromisso enorme com suas raízes e com o povo palestino. Nós mantemos comunicação permanente com a comunidade palestina no Chile e temos um compromisso fundamental com a proteção dos direitos humanos de nossos irmãos palestinos.

E qual sua posição sobre a causa palestina?

Minha posição sobre o problema palestino é clara. É de respeito irrestrito ao direito internacional. Sinto que hoje o principal problema de Israel não é com os palestinos, é com a direita e o grave é que a comunidade internacional apenas permanece em declarações, é necessário agir.

Você já participou de outros encontros dos Parlamentares por Jerusalém. Qual a sua impressão desta conferência?

Acho que esses encontros são muito relevantes, para atuar em conjunto entre países, trocar experiências e que, como eu indiquei, chega de declarações! Você tem que ir para a

Açao. Instâncias como essas são as que permitem uma necessária ação conjunta, gerando coordenação para tomada de iniciativas que pressionem o poder do ocupante para cumprir com legalidade internacional.

A partir do Chile apoiamos as demandas palestinas, legítimas, e não somos indiferentes às violações sistemática dos direitos, a colonização, o sistema de apartheida a que os palestinos estão sujeitos. Nós trabalharemos em conjunto para gerar iniciativas que pressionem a potência ocupante a respeitar o Direito Internacional.

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