O Catar, a Autoridade Palestina (AP) e a companhia de eletricidade da Faixa de Gaza concordaram neste domingo (26) em estabelecer um projeto de longo prazo para abastecer a única usina de energia do território litorâneo com gás natural israelense.
Em nota, o enviado catariano em Gaza, Mohammad al-Emadi, observou que seu país assinou um memorando para investir US$60 milhões na construção de um gasoduto para tanto.
Não obstante, segundo o comunicado, um acordo final sobre a iniciativa — denominada Gaza para Gaza — pode demorar meses ou anos para ser firmado.
O projeto, descrito pelo jornal Times of Israel como um esforço diplomático complexo, envolve Hamas, Autoridade Palestina, Catar, Egito e União Europeia, entre outros agentes.
Gaza sofre cronicamente da falta de energia elétrica, há mais de 16 anos, desde que o exército israelense bombardeou sua única usina, que depende de diesel importado para funcionar.
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O novo esquema promete substituir o diesel com gás natural produzido por Israel.
A transição é vista como uma solução em potencial para a crise energética em Gaza.
O território sitiado possui grandes reservas de gás natural, mas a ocupação impede os palestinos de explorar tais recursos ou sequer utilizá-los.
Sob a proposta, o gás natural será proveniente do campo israelense de Leviathan, localizado justamente no litoral de Gaza.
Catar e União Europeia pagarão pelo gasoduto e pelas importações.