Exportações de petróleo do Irã tornam-se foco nas conversas de Viena

O foco de Teerã durante as negociações nucleares em Viena, retomadas nesta segunda-feira (27), é suspender todas as sanções estadunidenses em um processo comprovado, para assegurar as exportações de petróleo da república islâmica, reiterou o chanceler iraniano.

As informações são da agência de notícias Reuters.

Negociações junto das potências globais para recuperar o acordo nuclear assinado em 2015 — conhecido como Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA) — devem recomeçar na capital austríaca a partir das 18 horas locais, confirmou a imprensa estatal.

“A questão mais importante para nós é chegar a um ponto no qual o petróleo iraniano possa ser vendido sem dificuldades e impedimentos”, declarou Hossein Amirabdollahian.

“O dinheiro do petróleo deve ser depositado em moeda estrangeira nos bancos iranianos, para que possamos desfrutar das benesses estipuladas pelo acordo”, acrescentou o ministro.

Em 2018, o então Presidente dos Estados Unidos Donald Trump abandonou o pacto nuclear e restituiu duras sanções contra Teerã, que respondeu no ano seguinte ao ampliar sua escala de enriquecimento de urânio, em níveis potencialmente militares.

As vendas de petróleo, principal fonte de renda do Irã, desabaram devido às sanções promulgadas por Trump. Apesar da falta de índices oficiais, análises de navegação e outras pesquisas sugerem queda de 2.8 milhões a apenas 200 mil barris por dia (bpd).

Um estudo recente calculou exportações de 600 mil bpd durante o mês de junho.

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As negociações nucleares fizeram pouco progresso desde sua retomada em novembro, após cinco meses de hiato devido à eleição do presidente iraniano Ebrahim Raisi, notório por sua posição linha-dura e proximidade com o aiatolá Ali Khamenei.

“Há propostas aceitáveis sobre a mesa que chamamos de documentos de 1° e 15 de dezembro”, destacou Amirabdollahian. “A partir de hoje, nossas negociações assumem como base este documento conjunto … Garantias e verificações estão agora em pauta”.

Ambos tratam de restrições atômicas e sanções estadunidenses, insistiu o chanceler.

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