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Israel testa quarta dose da vacina contra o covid, aguarda permissão do ministério

Enfermeira israelense inocula quarta dose da vacina contra o coronavírus da Pfizer-BioNTech, no Centro Médico de Sheba, perto de Tel Aviv, em 27 de dezembro de 2021 [JACK GUEZ/AFP via Getty Images]

Nesta segunda-feira (27), um grupo de teste em Israel foi inoculado com a quarta dose da vacina contra o covid-19, ao passo que o país avalia aprovar a medida a populações vulneráveis, a fim de conter um novo surto de infecções impulsionado pela variante ômicron.

As informações são da agência de notícias Reuters.

“O estudo analisará a eficácia e segurança da vacina em produzir anticorpos, para aferir se uma quarta dose é necessária ao público geral”, observou um porta-voz do Centro Médico de Sheba, em Ramat Gan, nos subúrbios de Tel Aviv. Os 150 voluntários são parte da equipe local.

Na última semana, um painel de especialistas do Ministério da Saúde preconizou que Israel se tornasse o primeiro país a ceder uma quarta dose da vacina — isto é, uma segunda dose de reforço — a pessoas imunossuprimidas, trabalhadores de saúde e idosos acima de 60 anos.

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A proposta foi bem acolhida pelo governo, que luta contra a estagnação no processo vacinal.

Contudo, a quarta dose aguarda uma aprovação final do diretor-geral do ministério, Nachman Ash, cuja decisão técnica, segundo oficiais, não terá ingerência do governo.

Em meio a preocupação sobre a falta de dados, Ash pode alterar a elegibilidade ao aumentar a margem etária para 70 anos e protelar a participação dos trabalhadores de saúde. O ministério não confirmou tais rumores, tampouco concedeu um cronograma para a decisão.

Cerca de 63% da população israelense — de um total de 9.4 milhões de pessoas — recebeu as duas primeiras doses da vacina contra o covid-19, de acordo com o ministério. A primeira dose de reforço foi administrada em quase 45% da população elegível.

Quase dois mil casos suspeitos ou confirmados foram registrados com a variante ômicron.

Israel foi considerado pioneiro na vacinação contra o coronavírus, no final de 2020. No entanto, a estagnação do processo vacinal e a demora em aprovar um plano de reforço, culminou em novas ondas da doença, ao passo que a imunidade da população voltou a decair.

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