Nesta terça-feira (28), o Sindicato Geral da Tunísia (UGTT) lançou um movimento de protesto em resposta ao que descreveu como “procrastinação do governo para implementar diversos acordos”, de modo a prejudicar a subsistência de professores e outras categorias.
Durante ato realizado em frente ao Ministério da Educação, Lassad Yakoubi, diretor de ensino secundário da entidade trabalhista, observou: “O governo falhou com os professores e recusou-se a pagar o valor previamente acordado para garantir o retorno às aulas”.
“O sindicato estava otimista sobre os procedimentos adotados em 25 de julho (suspensão do parlamento, revogação da imunidade de ministros e demissão do premiê), mas os criminosos não foram responsabilizados até então”, acrescentou Yakoubi.
“Acreditávamos que haveria diálogo real, mudança concreta e compromisso com os acordos, mas houve apenas fracasso em responsabilizar os responsáveis pelo colapso”, reiterou.
Tensões entre o governo e a entidade se exacerbaram recentemente, após a primeira-ministra Najla Bouden, nomeada pelo presidente Kais Saied, emitir um memorando segundo o qual qualquer consulta sindical deve ser coordenada primeiro com seu governo.
Sami Tahiri, vice-presidente e porta-voz do UGTT, prometeu “lançar uma série de greves e processar o governo em âmbito internacional, caso se recuse a revogar a circular”.
Em nota divulgada no website Al-Shaab News, filiado ao sindicato, declarou Tahiri: “Pedimos ao governo para voltar atrás; caso se recuse, há duas saídas. Primeiro, a greve como regra e a reconciliação como exceção; portanto, caos. Segundo, disputas jurídicas em âmbito do trabalho e emprego, sobretudo na Organização Internacional do Trabalho (OIT)”.
LEIA: Roma colabora com o FMI para ajudar a Tunísia, afirma chanceler italiano