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Gripe aviária está matando milhares de garças-azuis no Vale do Hula, em Israel

Garças-azuis migratórios alimentam-se no campo de um agricultor em seu caminho entre a Europa e a África, em 1º de março de 2006, em Kerem Shalom, no sul de Israel [David Silverman/Getty Images]
Garças-azuis migratórios alimentam-se no campo de um agricultor em seu caminho entre a Europa e a África, em 1º de março de 2006, em Kerem Shalom, no sul de Israel [David Silverman/Getty Images]

A gripe aviária tem matado quase 1.000 garças-azuis migratórias todos os dias no Vale do Hula, no norte de Israel, de acordo com a mídia local e conforme relatado pela Agência Anadolu.

As garças-azuis de Israel “respondem por um décimo da população global” de pássaros de pescoço comprido, relatou o Haaretz Daily.

Cerca de 40.000 garças-azuis passam o inverno na Reserva Natural de Hula, e a epidemia em curso ameaça matar um quarto delas.

Estima-se que o turismo de garças traga milhões de dólares para a economia local.

Cenas de um grande número de garças-azuis mortas apareceram online, com pelo menos 5.000 carcaças encontradas esta semana na Reserva Natural de Hula, que desde então foi fechada ao público.

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O ministro do Meio Ambiente, Tamar Zandberg, descreveu a situação como “o pior golpe para a vida selvagem” na história de Israel.

Ainda não se sabe como o vírus contagioso identificado como H5N1 entrou na reserva, mas a reportagem do Haaretz culpou a “excessiva intervenção humana na natureza” pelo desastre, já que o Hula Lake Park se tornou um destino popular de safári.

As tentativas dos turistas de alimentar as garças fizeram com que as aves selvagens ficassem no vale, em vez de fazerem sua longa e tradicional migração para a África, de acordo com ecologistas.

Isso, por sua vez, causava superlotação, facilitando a disseminação de patógenos.

Pelo menos sete toneladas de amendoim eram dadas às garças-azuis todos os dias, relatou o Haaretz, com os fazendeiros pagando pelas nozes como forma de evitar que os pássaros invadissem seus campos.

“Intencionalmente ou não, a alimentação de humanos causou isso”, disse o Haaretz, citando um especialista.

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