França afirma que lançamento de foguete espacial do Irã viola regras da ONU

A França condenou o lançamento do foguete espacial do Irã, descrevendo a situação como “lamentável” em meio às negociações nucleares do Irã com potências mundiais, informaram agências de notícias.

O lançamento do satélite violou as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, afirmou o Ministério das Relações Exteriores da França.

“Essas atividades são ainda mais lamentáveis, ​​porque ocorrem em um momento em que estamos progredindo nas negociações nucleares em Viena”, expressou o ministério.

Ele acrescentou: “Pedimos ao Irã que não lance mais mísseis balísticos projetados para transportar armas nucleares, incluindo lançadores espaciais”.

A TV estatal iraniana mostrou imagens confirmando o lançamento do Centro Espacial Imam Khomeini, no norte do país.

Enquanto isso, os EUA e a Alemanha criticaram o lançamento, que o Irã defendeu como sendo para “fins civis”.

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“Os Estados Unidos continuam preocupados com o desenvolvimento de veículos lançadores espaciais pelo Irã, que representam uma preocupação significativa de proliferação”, confirmou um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA.

Um diplomata alemão acrescentou que tais lançamentos podem ser usados ​​para testar a tecnologia de mísseis balísticos, que podem ser usados ​​para entregar armas nucleares.

O Irã rejeitou as críticas da França, dos Estados Unidos e da Alemanha.

“Avanços científicos e de pesquisa, inclusive no campo aeroespacial, são direito inalienáveis do povo iraniano, e tais declarações intrometidas não minarão a determinação do povo iraniano de fazer progresso nesse campo”, respondeu o Ministério das Relações Exteriores do Irã.

A Reuters relatou que o lançamento espacial falhou em colocar suas três cargas em órbita depois que o foguete foi incapaz de atingir a velocidade exigida.

“Para uma carga entrar em órbita, ela precisa atingir velocidades acima de 7.600 (metros por segundo). Chegamos a 7.350”, explicou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Ahmad Hosseini.

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