Enquanto o Iêmen vivencia uma persistente escalada militar, efetivamente agravando a crise humanitária dos últimos anos, analistas prevêem que o país deve enfrentar maiores desafios políticos ao longo de 2022, conforme informações da agência Anadolu.
Ali al-Dahab, analista de assuntos militares, prognosticou novas operações militares. De acordo com o pesquisador iemenita, tais atividades devem “parar nas fronteiras entre as províncias do norte e sul do país, gerando novos conflitos entre as partes do Iêmen”.
“Tudo isso deve levar os agentes locais em confronto a remodelar suas alianças conforme os novos fatos em campo”, acrescentou al-Dahab.
Segundo o especialista, o governo reconhecido internacionalmente deve buscar mais independência da coalizão saudita e repensar sua prioridade em uma solução local.
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Al-Dahab também afirmou que a existência de qualquer vácuo político no governo considerado legítimo deve comprometer ainda mais os sete anos de guerra no Iêmen.
“Uma mudança nas posições internacionais sobre o conflito pode ocorrer em 2022, incluindo uma emenda na Resolução 2216 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, ou mesmo a promulgação de uma nova resolução”, prosseguiu al-Dahab.
Segundo um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgado em dezembro último, o prolongado conflito armado deixou 70% da população, incluindo 11.3 milhões de crianças, em necessidade de assistência humanitária.
O relatório detalhou ainda que a situação impactou gravemente a saúde e nutrição das crianças iemenitas. Foram registrados 2.3 milhões de casos de desnutrição aguda, além de 400 mil casos de desnutrição considerada moderada.
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