Leah Goldin, mãe de Hadar Goldin, soldado israelense capturado pela resistência palestina na Faixa de Gaza, expressou sua indignação com a liderança política de Israel, por ignorar a situação de seu filho nos últimos sete anos, segundo informações da agência de notícias Safa.
Goldin afirmou à rádio militar israelense: “Nosso verdadeiro problema é causado pelo acordo de Shalit [troca de prisioneiros]. Somos produto desta negociação. A paralisia absoluta no público é resultado disso. Nossos filhos pagam o preço e eu estou pagando esse preço”.
Em 2011, Tel Aviv concordou em libertar mais de mil prisioneiros palestinos, incluindo mulheres, crianças e presos de longa data, em troca do soldado Gilad Shalit, detido pela resistência palestina ao adentrar a fronteira oriental de Gaza com um tanque de guerra.
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Acrescentou Goldin: “Aprendemos a não deixar nossos soldados para trás no campo de batalha; Mas ninguém faz pressão alguma para reaver nossos soldados. Eles nos traíram! Eles traíram os soldados e seus valores! … O pior de tudo é barganhar com o inimigo”.
Durante os 51 dias de massacre israelense contra Gaza em 2014, quando o exército da ocupação matou mais de 2.260 palestinos e feriu 11 mil pessoas, grupos de resistência capturaram dois soldados no território sitiado — Hadar Goldin e Oron Shaul.
Mais tarde, outros dois israelenses foram detidos em circunstâncias ambíguas. Nessa conjuntura, o movimento de resistência propôs trocar os quatro agentes militares por prisioneiros palestinos mantidos em condições hediondas nas cadeias da ocupação.