Ataques conduzidos por aviões russos em Idlib deixam 300 mil civis sem água

Aviões militares da Rússia bombardearam uma estação de bombeamento na província de Idlib, noroeste da Síria, deixando 300 mil civis sem acesso à água, reportou o Observatório Sírio para Direitos Humanos, organização não-governamental radicada no Reino Unido.

Jatos Sukhoi lançaram bombas sobre a região no último domingo (2).

“Fontes relataram que jatos russos executaram, até então, cerca de dez ataques contra os arredores da aldeia de al-Sheikh Yusuf, além das proximidades de uma penitenciária local e da estação de tratamento de água de Sejer, que fornece recursos à cidade de Idlib e aldeias a oeste, deixando a instalação inoperante ao danificar seus encanamentos”, informou a ong.

Cemel Diyben, diretor de assuntos hídricos da província em guerra, observou que a estrutura atingida serve mais de 300 mil pessoas, segundo informações da agência Anadolu.

Ibrahim Zeer, residente de Idlib, corroborou que aeronaves russas, aliadas ao regime de Bashar al-Assad, aumentaram seus ataques contra a infraestrutura civil.

“Cerca de 300 a 400 mil pessoas serão privadas do acesso à água”, destacou Zeer. “Essas pessoas não têm qualquer poder de compra. A luta pela sobrevivência piora a cada dia”.

Nesta terça-feira (4), a Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou que Idlib continua sofrendo nas mãos de Assad e seus aliados, sobretudo a Rússia.

A província, considerada o último bastião da oposição síria, abriga cerca de 3 milhões de pessoas. Dois terços da população, no entanto, foram deslocadas a outras partes do país.

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