A Organização de Cooperação Islâmica (OCI) pediu, na terça-feira, a libertação de um prisioneiro palestino, que está em greve de fome há 141 dias em protesto contra sua detenção sem julgamento por Israel, informou a Agência Anadolu.
Hisham Abu Hawwash fez uma greve de fome aberta para protestar contra sua prisão sob a política de detenção administrativa de Israel, que permite a Tel Aviv deter qualquer pessoa por seis meses sem acusação ou julgamento.
Em um comunicado, o secretário-geral da OCI, Hussein Ibrahim Taha, disse estar “profundamente preocupado com o estado crítico de saúde do prisioneiro palestino Hisham Abu Hawwash, em protesto por sua detenção administrativa nas prisões de ocupação israelense”.
“A Organização apoia os detidos palestinos nas prisões da ocupação israelense e trabalha para transmitir sua voz e seu sofrimento a todo o mundo”, acrescentou.
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O chefe da OCI exortou grupos de direitos humanos e organizações internacionais a intervir para libertar o detido palestino e “pressionar Israel, a potência ocupante, a cumprir suas obrigações de acordo com o direito internacional dos direitos humanos, o direito internacional humanitário e as Convenções de Genebra sobre o tratamento de prisioneiros palestinos”.
Pai de cinco filhos, Abu Hawwash, da cidade de Dura, no sul da Cisjordânia, foi detido pelas forças israelenses em 27 de outubro de 2020 e colocado sob prisão administrativa.
De acordo com organizações de assuntos de prisioneiros, há cerca de 4.650 detidos palestinos em prisões israelenses, incluindo pelo menos 500 detidos sem acusação ou julgamento.