O Tribunal Militar de Israel renovou nesta quarta-feira (5) a ordem de detenção administrativa contra Mohamed Abu Teir, parlamentar palestino de Jerusalém, segundo informações divulgadas pelo Escritório de Imprensa sobre os Prisioneiros.
Conforme o comunicado, trata-se da segunda renovação do mandado de seis meses emitido contra Abu Teir, que passou um total de 36 anos nas cadeias israelenses.
Em 2010, forças da ocupação expulsaram Abu Teir e outros parlamentares palestina filiados ao Hamas da cidade de Jerusalém, ao deportá-los à Cisjordânia ocupada.
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Seis meses atrás, soldados invadiram sua residência perto de Belém, apenas quatro meses após ser libertado de um período de dez meses em detenção administrativa.
Abu Teir nasceu em 16 de abril de 1951, na aldeia de Tuba, nos subúrbios de Jerusalém. Concluiu sua formação na Escola Secundária de Sharia da cidade ocupada e trabalhou como imã e khatib na mesquita de Tuba. Então, filiou-se ao Fatah, em nome da libertação palestina.
Em 1974, foi preso e condenado a 13 anos de prisão. Em 1985, foi libertado e juntou-se ao movimento Hamas. Foi preso novamente em 1989 e passou 13 meses nas cadeias de Israel. Então, em 1990, passou outros seis meses encarcerado.
Foi libertado e detido por mais sete anos. Libertado em 2006, candidatou-se ao parlamento pelo Hamas. Apesar de sua vitória, em 30 de junho daquele ano, foi novamente preso.
A seguir, foi capturado diversas vezes pela ocupação israelense e enfim deportado de Jerusalém em 2010. Mesmo em sua residência temporária, na Cisjordânia ocupada, Abu Teir sofreu reiterados abusos nas s soldados de Israel até ser apreendido pela última vez.