Marrocos e China assinaram nesta quarta-feira (5) um acordo de implementação conjunta da Iniciativa do Cinturão e Rota — também conhecida como “Nova Rota da Seda” — para estabelecer uma ponte de comércio e infraestrutura entre Ásia, Europa e África.
O chanceler marroquino Nasser Bourita e Ning Jizhe, vice-presidente da Comissão de Reforma e Desenvolvimento Nacional da China, assinaram o acordo virtualmente.
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Bourita descreveu a assinatura como uma de suas primeiras atividades diplomáticas para 2022, ao observar que a parceria “não nasceu ontem” e é alicerçada “por relações diplomáticas de longa data” que demonstram “forte solidariedade” entre as partes.
Jizhe observou que a iniciativa “carrega o espírito da paz e da cooperação” e que China e Marrocos desfrutam de relações firmes e amistosas. O representante de Pequim prometeu ainda que o acordo abrirá oportunidades para novas áreas de cooperação.
Jizhe compartilhou dados de crescimento na relação comercial entre os países. “Atualmente, o investimento direto da China ao Marrocos chega a US$380 milhões”, argumentou. “A maioria vai para infraestrutura, partes móveis, telecomunicação e pesca”.
“Em 2020, o comércio bilateral chegou a US$4.76 bilhões, com aumento de 2% comparado ao ano anterior, mesmo sob a pandemia de covid-19 e recessão internacional”, acrescentou.
A Iniciativa do Cinturão e da Rota é um audacioso projeto que busca restaurar a histórica Rota da Seda, tanto por terra quanto por mar. Dessa forma, busca expandir a presença de empresas chinesas no continente africano; o Marrocos serve de ponte geográfica entre África e Europa.
O ano de 2020 marcou o 60° aniversário da cooperação entre os países.