Neste fim de semana, aviões da ocupação israelense voltaram a espalhar herbicidas nas fazendas situadas do outro lado da cerca que divide o território ocupado desde a Nakba — ou catástrofe palestina, via limpeza étnica deliberada, em 1948 — e a Faixa de Gaza sitiada.
Os ataques regulares para devastar as fazendas palestinas também têm um impacto severo sobre a criação de abelhas no enclave litorâneo.
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“Eu trabalhava com apicultura no norte de Gaza, na região de fronteira de Beit Hanoun”, relata Hamadah Hamadah. “Sempre criamos as abelhas e instalamos nossas colmeias na região, para que as abelhas coletassem o néctar das flores em campo aberto e produzissem mel longe dos centros urbanos superlotados e do temor dos bombardeios israelenses”.
No entanto, após a ocupação espalhar produtos químicos na área, no último sábado (8), mais da metade das 50 colmeias cultivadas por Hamadah foi destruída.
“Trata-se de um ato chocante e hediondo da ocupação, que desdenha e continua a combater a economia palestina”, observa Hamadah. “Eu criei esse projeto há anos; agora, sofro as perdas”.