Em 17 de fevereiro de 2017, o então encarregado de negócios dos Estados Unidos em Havana enviou uma queixa ao Ministério de Relações Exteriores sobre “ataques” contra seus funcionários, supostamente realizados desde novembro do ano anterior. Não houve qualquer menção a doenças ou sintomas. De imediato, peritos cubanos começaram a investigar, sem jamais questionar por que as informações não foram compartilhadas desde o primeiro dia.
Ao revisitarmos as reportagens da época, torna-se claro que as informações sobre os supostos ataques foram disseminadas ao público americano por meio de mídias específicas, sem questionar devidamente a narrativa oficial. Especialistas cubanos localizaram e conversaram com os diretores das agências responsáveis por propagar os rumores, que jamais conseguiram negar o papel de seus repórteres como fontes anônimas ao governo americano. Washington, de sua parte, aparentemente preferiu escalar a crise ao invés de buscar explicações. Os mesmos editores não conseguiram justificar a razão de retomar periodicamente a matéria, apesar de não haver qualquer novidade em campo.
Neste documento, o diplomata José Ramón Cabañas Rodríguez analisa o fenômeno controverso então rotulado como “Síndrome de Havana”.
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