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Irã é cúmplice na morte de 500 mil sírios, afirma ex-parlamentar

Faezeh Hashemi Rafsanjani, filha do ex-presidente iraniano Akbar Hashemi Rafsanjani, em 10 de janeiro de 2017 [Mustafa Melih Ahıshalı/Agência Anadolu]

O Irã é cúmplice no assassinato de cerca de 500 mil sírios, afirmou Faezeh Hashemi Rafsanjani, ex-parlamentar da república islâmica e filha do ex-presidente Akbar Hashemi Rafsanjani.

Nesta terça-feira (11), Hashemi observou à rede independente Iran Watch que é “improvável que Israel tenha matado entre cem e 200 mil palestinos”, de maneira que Teerã “certamente matou mais muçulmanos” do que a ocupação sionista.

“As políticas internas e externas do Irã são irracionais e, como o Talibã, embasadas em propaganda”, acrescentou Hashemi, ao argumentar que oficiais da Guarda Revolucionária e forças paramilitares juntaram-se ao novo governo como “governadores e ministros”.

Hashemi alertou o presidente Ebrahim Raisi sobre maiores ameaças no futuro. “As eleições que o levaram ao poder, como todo resto, foram planejadas com antecipação”, reafirmou.

A ex-parlamentar condenou ainda Mohammad Mokhber, vice-presidente e chefe da equipe econômica, por “não compreender a importância das reformas e privatizações”.

“A corrupção no Irã não se restringe aos altos salários dos oficiais, mas também à indicação de pessoas desqualificadas a cargos essenciais do governo”, destacou Hashemi.

Quanto às sanções ocidentais, a proeminente opositora admitiu “problemas fundamentais”, oriundos de tais medidas, mas insistiu em responsabilizar a administração pública. “Sem má gestão, as sanções sequer seriam impostas”, apontou a ex-parlamentar.

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