O Irã é cúmplice no assassinato de cerca de 500 mil sírios, afirmou Faezeh Hashemi Rafsanjani, ex-parlamentar da república islâmica e filha do ex-presidente Akbar Hashemi Rafsanjani.
Nesta terça-feira (11), Hashemi observou à rede independente Iran Watch que é “improvável que Israel tenha matado entre cem e 200 mil palestinos”, de maneira que Teerã “certamente matou mais muçulmanos” do que a ocupação sionista.
“As políticas internas e externas do Irã são irracionais e, como o Talibã, embasadas em propaganda”, acrescentou Hashemi, ao argumentar que oficiais da Guarda Revolucionária e forças paramilitares juntaram-se ao novo governo como “governadores e ministros”.
Hashemi alertou o presidente Ebrahim Raisi sobre maiores ameaças no futuro. “As eleições que o levaram ao poder, como todo resto, foram planejadas com antecipação”, reafirmou.
A ex-parlamentar condenou ainda Mohammad Mokhber, vice-presidente e chefe da equipe econômica, por “não compreender a importância das reformas e privatizações”.
“A corrupção no Irã não se restringe aos altos salários dos oficiais, mas também à indicação de pessoas desqualificadas a cargos essenciais do governo”, destacou Hashemi.
Quanto às sanções ocidentais, a proeminente opositora admitiu “problemas fundamentais”, oriundos de tais medidas, mas insistiu em responsabilizar a administração pública. “Sem má gestão, as sanções sequer seriam impostas”, apontou a ex-parlamentar.
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