O Ministério do Interior do Reino Unido asseverou que não tem planos para devolver refugiados e requerentes de asilo à Síria, após rejeitar uma solicitação de residência e alegar que o país assolado pela guerra estaria “seguro” para o retorno de seus cidadãos na diáspora.
Na última semana, foi reportada uma carta do ministério britânico para informar um refugiado sírio de que não haveria “probabilidade razoável de receio embasado de perseguição”.
Segundo o comunicado oficial, o refugiado em questão eximiu-se do recrutamento militar às forças do regime de Bashar al-Assad, ao invés de deixar o país como dissidente político, resultando em sua suposta inelegibilidade ao asilo britânico.
O Ministério do Interior, todavia, voltou atrás nesta terça-feira (11), ao publicar no Twitter: “Diante das circunstâncias atuais, não estamos devolvendo pessoas à Síria. Nosso governo concorda com a avaliação das Nações Unidas de que a Síria continua perigosa”.
In the current circumstances we are not returning people to Syria. The UK Government agrees with the UN judgement that Syria remains unsafe for them.
— Home Office (@ukhomeoffice) January 11, 2022
‘Não estamos devolvendo as pessoas para a Síria’, afirma Reino Unido
O sentimento foi avalizado por Jonathan Hargreaves, representante especial do Reino Unido para a Síria, que afirmou que a posição de seu país permanece inalterada: “nas condições atuais, a Síria não é segura para o retorno dos refugiados; não devolvemos pessoas à Síria”.
Não ficou claro se a mensagem do Ministério do Interior foi motivada pelos relatos da recente negativa ao pedido de asilo. Entretanto, muitos observadores consideraram a promessa como uma tentativa do governo de conter a onda de repúdio decorrente das notícias.
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