A União Geral dos Trabalhadores da Tunísia (UGTT, na sigla em inglês) alertou, na quarta-feira, que as greves no país aumentariam para incluir “mais de 80 por cento [dos setores] na ausência de diálogo social”, informou a Agência Anadolu.
O secretário-geral adjunto e porta-voz da UGTT, Sami Tahiri, disse em comentários à Shems FM: “Estamos à frente de um clima social tenso e alcançaremos mais de 80 por cento das greves… depois que o governo de Najla Bouden estabeleceu condições para as negociações com os sindicatos, o que levou ao rompimento do diálogo com diversos setores”.
Tahiri explicou que “vários setores entraram em greves aleatórias, devido à interrupção do diálogo social”.
“Todas as sessões de negociação que aconteceram no Ministério dos Assuntos Sociais falharam”, acrescentou.
Em 9 de dezembro, o governo emitiu uma diretriz exigindo que as instituições estatais obtivessem permissão prévia do primeiro-ministro antes de negociar com os sindicatos, o que levou a UGTT a convocar greves.
Na terça-feira, o primeiro-ministro disse que a diretiva visa “coordenar ministérios, instituições e estabelecimentos governamentais, por um lado, e o governo, por outro” e não impedir o funcionamento dos sindicatos, o que é garantido por lei.
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