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Hezbollah sedia evento da oposição saudita, apesar de reaproximação Líbano-Golfo

Retrato do falecido líder xiita Nimr al-Nimr, em Beirute, capital do Líbano, 7 de janeiro de 2016 [JOSEPH EID/AFP/Getty Images]

O movimento libanês Hezbollah sediou uma conferência nesta quinta-feira (13) da oposição saudita, no sul do território levantino. O evento foi convocado para recordar o quinto aniversário da execução do proeminente clérigo xiita saudita Nimr al-Nimr.

Riad executou al-Nimr junto de outras 46 pessoas, em janeiro de 2016, ao considerá-lo membro do movimento houthi, que trava uma guerra no Iêmen contra uma coalizão do Golfo.

Hashem Safieddine, presidente da Assembleia Executiva do Hezbollah, compareceu ao evento e condenou a monarquia por sua “ingerência flagrante” nos assuntos libaneses.

Em resposta, Waleed Bukhari — enviado saudita a Beirute — escreveu no Twitter: “A dolorosa verdade é que o grupo terrorista Hezbollah age acima do estado”.

Neste entremeio, membros do governo libanês — incluindo o Primeiro-Ministro Najib Mikati e o Ministro do Interior Bassam Mawlawi — tentam remendar relações com Arábia Saudita e aliados do Golfo, após uma crise diplomática deflagrar-se em outubro.

Tensões emergiram após o então Ministro da Informação George Kordahi aparecer em vídeo — gravado antes de assumir o cargo — criticando a guerra no Iêmen. A monarquia e seus aliados retiraram os embaixadores das respectivas capitais e proibiram as importações libanesas.

Apesar de insistir que não renunciaria, Kordahi decidiu exonerar-se em dezembro.

Em seguida, o Ministério do Interior ordenou a deportação de opositores barenitas, apesar de abusos de direitos humanos contra ativistas e dissidentes no estado do Golfo.

Mawlawi também decretou a remoção de cartazes com retratos “ofensivos” do Rei da Arábia Saudita Salman bin Abdulaziz Al Saud, instalados nos bairros meridionais de Beirute.

No início de janeiro, o premiê Mikati condenou publicamente comentários de Sayyed Hassan Nasrallah, secretário-geral do Hezbollah, nos quais descreveu o monarca como “terrorista”.

O Presidente do Líbano Michel Aoun — notório aliado do Hezbollah — também tentou distanciar-se dos comentários de Nasrallah.

LEIA: Hezbollah libanês ‘ameaça a segurança árabe’, afirma enviado saudita

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