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Iêmen sofre crise aguda de combustível nas províncias controladas pelos houthis

Motoristas iemenitas esperam na fila para reabastecer seus carros em um posto de gasolina próximo na capital, Sanaa, Iêmen, em 19 de julho de 2021 [Mohammed Hamoud/Agência Anadolu]

O grupo Houthi iemenita anunciou, na noite de quinta-feira, que todas as províncias sob seu controle sofrem com uma crise aguda de combustível.

A agência de notícias Saba, afiliada aos houthis, afirmou que Ammar Al-Adrai, diretor executivo da Companhia de Petróleo afiliada ao grupo, disse que “há uma crise aguda de combustível que os cidadãos estão sofrendo em todas as províncias”.

“A empresa é capaz de fornecer combustível para todas as regiões do Iêmen por meio de suas filiais a custos mais baixos e a um preço unificado, desde que os navios de combustível possam chegar ao porto de Al-Hudaydah permanentemente sem objeção, além de as Nações Unidas realizarem seu dever básico”, acrescentou Al-Adrai, sem mais detalhes.

De acordo com a Yemeni Oil Company, controlada pelos houthis, a coalizão árabe está retendo seis navios de petróleo e impedindo-os de entrar na província de Al-Hudaydah.

A coalizão árabe já havia enfatizado sua preocupação com o fluxo de produtos básicos através do porto de Al-Hudaydah, acusando os houthis de “negociar com a situação humanitária”.

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Em um contexto relacionado, moradores locais na capital, Sana’a, que é controlada pelos houthis, relataram que a cidade superlotada sofre há dias com uma grave crise de combustível.

Os moradores afirmaram à Agência Anadolu que a crise levou à venda de derivados de petróleo no mercado negro por mais que o dobro do preço oficial, enquanto muitos motoristas de veículos pararam de trabalhar devido à crise emergencial.

O Iêmen vem testemunhando uma guerra em andamento há mais de 7 anos, entre as forças pró-governo apoiadas por uma aliança militar árabe liderada pela vizinha Arábia Saudita e os houthis apoiados pelo Irã, que controlam várias províncias, incluindo a capital, Sana’a, desde setembro de 2014.

Até o final de 2021, a guerra no Iêmen havia matado 377.000 direta e indiretamente, segundo as Nações Unidas.

A guerra levou a uma perda na economia do país estimada em US$ 126 bilhões, em uma das piores crises humanitárias e econômicas do mundo, em que a maior parte da população de 30 milhões depende de assistência.

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