OMS alerta sobre variante omicron por trás do surto de covid-19 no Mediterrâneo Oriental

Um “aumento chocante” de casos de covid-19 na região do Mediterrâneo Oriental provavelmente foi causado pela variante omicron, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.

Ahmed Al-Mandhari, diretor regional da OMS para o Mediterrâneo Oriental, disse em uma entrevista coletiva no Cairo na quinta-feira: “Embora a omicron pareça causar impacto menos grave em comparação com a delta, sobretudo nos vacinados, isso certamente não significa que deva ser subestimado, pois continua a levar a hospitalização e mortes”.

Apesar de uma diminuição de 13 por cento nas mortes relacionadas à covid-19, os casos na região aumentaram 89% na primeira semana de janeiro.

Mandhari, que supervisiona 22 países da região, disse que Afeganistão, Djibuti, Somália, Sudão, Síria e Iêmen vacinaram menos de 10 por cento de suas populações. Isso apesar do fato de que esses seis países têm a capacidade de vacinar e proteger 40% de suas populações. O diretor regional atribuiu o fracasso a uma “falta de compromisso político nos mais altos níveis”.

LEIA: Omicron é a causa 98,7% das infecções por covid no Brasil, mostra pesquisa

Um total de 15 países da região relataram casos de omicron. Isso inclui Bahrein, Egito, Irã, Iraque, Jordânia, Kuwait, Líbano, Marrocos, Omã, Palestina, Paquistão, Catar, Arábia Saudita, Tunísia e Emirados Árabes.

Fatores como igualdade e hesitação vacinal, além baixos níveis de cumprimento das medidas de saúde pública exacerbaram ainda mais o número de casos.

Mandhari alertou que os preparativos devem ocorrer agora para “o pior cenário”. A OMS recomendou que os países com casos relatados de omicron agora trabalhem para aumentar os níveis de testes de diagnóstico rápido.

Da mesma forma, na segunda-feira, o Ministério da Saúde palestino na Faixa de Gaza alertou sobre a disseminação da omicron em meio à escassez de equipamentos médicos.

Sair da versão mobile