A Autoridade Palestina (AP) cometeu 2.578 violações na Cisjordânia ocupada durante o ano de 2021, confirmou na sexta-feira (14) o Comitê de Familiares dos Prisioneiros Políticos.
Em seu relatório anual, a entidade descreveu o período como “ano nefasto na repressão das liberdades” pelo governo em Ramallah. Dentre as violações: invasão de mesquitas, violência policial contra protestos em áreas públicas e o cancelamento das eleições.
Conforme o documento, as violações causaram o óbito de dois palestinos: Nizar Banat, espancado até a morte em custódia da polícia; e Amir Issa Abu Khaled al-Ledawi, que faleceu de seus ferimentos após seu veículo capotar sob perseguição das forças de segurança.
O relatório destacou ainda violações contra princípios nacionais, incluindo a cooperação de segurança com o exército da ocupação israelense e ataques à resistência palestina.
Segundo as informações, 592 prisioneiros vivenciaram “a pior tortura física e psicológica nas prisões da Autoridade Palestina”; ao menos 43 prisioneiros entraram em greve de fome.
Além disso, os abusos incluem a suspensão de salários e campanhas de difamação contra estudantes, professores universitários, advogados, engenheiros, líderes religiosos, comerciantes, médicos e mesmo parlamentares.
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