Nesta segunda-feira (17), um grupo de países árabes juntou-se em uníssono para condenar um ataque conduzido por rebeldes iemenitas houthis contra os Emirados Árabes Unidos (EAU), no qual três pessoas morreram e seis ficaram feridas. As informações são da agência Anadolu.
Mais cedo, três caminhões-tanque explodiram na zona industrial de Musaffah, em Abu Dhabi. Um incêndio também deflagrou-se em uma instalação em obras no aeroporto da cidade.
O movimento houthi — apoiado por Teerã — reivindicou ambos os incidentes como parte de uma operação militar no “coração dos Emirados”; contudo, sem conceder detalhes.
Abu Dhabi reiterou seu direito à retaliação e prometeu que os ataques não sairão impunes.
Em nota, o Ministério de Relações Exteriores da Jordânia condenou o “atentado terrorista”, ao declarar que “a segurança emiradense é indissociável da segurança jordaniana”.
A chancelaria saudita também descreveu o incidente como “terrorismo” e destacou “seu apoio absoluto aos Emirados contra qualquer ameaça à sua segurança e estabilidade”.
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O Kuwait lamentou a ofensiva houthi como “violação dos princípios básicos da lei internacional” e exortou o Conselho de Segurança das Nações Unidas a “encerrar o comportamento agressivo das forças paramilitares houthis”.
O Bahrein descreveu o episódio como “agressão flagrante à soberania emiradense”.
O Ministério de Relações Exteriores do Iêmen — isto é, do governo no exílio — denunciou o ataque como uma “escalada sem precedentes”. Segundo a chancelaria, a agressão reflete o “desespero houthi após sua derrota nas províncias de Marib e Shabwa”.
O premiê libanês Najib Mikati também deplorou o ataque contra Abu Dhabi e expressou solidariedade ao regime emiradense.
Os Emirados são parte da coalizão militar liderada pela Arábia Saudita que combate os houthis no Iêmen desde 2015, a fim de restaurar o governo aliado de Abd Rabbu Mansour Hadi.