Nesta segunda-feira (17), residentes palestinos no Líbano entraram em greve geral para protestar contra a inação da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) sobre a propagação da variante ômicron nos campos de refugiados.
Fatah Sharif, presidente do Sindicato dos Professores, culpou a UNRWA pela crise de saúde nos campos. Em comentário concedido à rede Quds Press, Sharif descreveu a falta de uma resposta adequada como “assassino silencioso” e acusou a agência de omitir dados e fatos.
“Há uma absoluta falta de folhetos informativos, estatísticas sobre pessoas infectadas e dados de contato com professores e estudantes”, acrescentou Sharif. Segundo o líder sindical, a UNRWA é “cúmplice nos ataques à segurança sanitária” dos residentes palestinos.
Sharif exortou os palestinos a exercer pressão ou influência para uma intervenção urgente.
Hussam Abu Zeiter, do campo de refugiados de Ain al-Hilweh, reiterou: “A UNRWA deve assumir medidas preventivas para preservar a saúde e segurança dos estudantes e suas famílias … Deve também suprir profissionais para cobrir professores doentes ou em quarentena”.
Os refugiados palestinos no Líbano vivem em 12 campos registrados pelas Nações Unidas, além de diversas “comunidades” não-registradas em todo o território. Sofrem da crise social e humanitária que agravou-se com o colapso fiscal e os impasses políticos que assolam o país.