União Europeia pede que Israel pare demolições em Jerusalém Oriental

A União Europeia instou Israel a interromper as demolições em Jerusalém Oriental ocupada, chamando o deslocamento de palestinos de ilegal sob a lei internacional, informou a Agência Anadolu.

A UE instou Israel a não prosseguir com seu plano de construir 1.450 unidades habitacionais entre Har Homa e Givat Hamatos, de acordo com um comunicado divulgado na noite de quarta-feira por Peter Stano, principal porta-voz do serviço diplomático do bloco.

“Expansão de assentamentos, demolições e despejos são ilegais sob a lei internacional”, disse ele.

Ele chamou o número crescente de demolições e despejos na Cisjordânia de “tendência preocupante” e enfatizou que a possibilidade de mais despejos de famílias palestinas alimentaria as tensões.

O plano de construção de Israel “minaria ainda mais a possibilidade de Jerusalém servir como a futura capital de ambos os Estados e interromper todas as atividades de assentamento”, acrescentou.

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Na quarta-feira, as autoridades israelenses demoliram a casa da família Saliyeh após o despejo forçado no bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental ocupada.

A família disse que morava na casa desde 1948, depois de ser expulsa do bairro de Ein Karen, em Jerusalém Ocidental.

A Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, é vista como um território ocupado sob a lei internacional, tornando, assim, todos os assentamentos judaicos ilegais.

Como a Turquia e grande parte da comunidade internacional, a UE não reconhece a soberania de Israel sobre os territórios que ocupou desde 1967.

Desde 2001, o bloco tem repetidamente pedido a Israel para encerrar todas as atividades de assentamento e desmantelar as já existentes.

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