Um tribunal da Autoridade Palestina (AP), radicado na cidade de Nablus, na Cisjordânia ocupada, emitiu nesta quinta-feira (20) uma sentença de prisão de três meses contra o jornalista Abdul Rahman Zaher, acusado de “difamar a autoridade”.
Em comunicado, a organização Lawyers for Justice mencionou que o veredito foi expedido a despeito de Zaher ser absolvido de alegações relacionadas à “disseminação de informações falsas para alimentar confrontos raciais nas redes sociais … e para incitar pânico”.
O grupo de direitos humanos destacou que Zaher foi julgado sob três acusações, com impacto direto à sua vida profissional, em detrimento das liberdades de imprensa e opinião. A decisão contra ele foi deferida após mais de dez audiências judiciais.
Zaher permaneceu detido por 35 dias, em custódia do Serviço de Segurança Preventiva, em agosto de 2020, período no qual manifestou problemas de saúde. Dias após ser libertado, a ocupação israelense voltou a prendê-lo e interrogá-lo, como parte de uma campanha contra jornalistas palestinos, sob as mesmas acusações enunciadas pela polícia palestina.
Zaher trabalha para o Centro de Mídia da Universidade An-Najah, em Nablus, como produtor e apresentador de diversos programas. Foi produtor executivo da rede jordaniana Roya e diretor de produção da Fundação Watan. Também colaborou com peças dramáticas, documentários e reportagens investigativas.
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