As chances de chegar a um acordo entre o ex-primeiro-ministro de Israel e chefe da oposição, Benjamin Netanyahu, e a promotoria diminuíram nos últimos dias em meio à forte oposição da equipe da promotoria que apresentou o caso contra Netanyahu, informou a mídia local.
De acordo com as informações divulgadas, até recentemente, o promotor nos casos de Netanyahu, Liat Ben Ari, foi o único informado sobre os termos do acordo judicial com Netanyahu. No entanto, quando a equipe da promotoria envolvida nos arquivos de corrupção foi informada sobre o acordo, eles se opuseram fortemente a “favorecer Netanyahu”.
O jornal israelense Yedioth Ahronoth disse que outras divergências sobre o acordo incluem a duração do serviço comunitário que Netanyahu teria que fazer em vez de uma sentença de prisão real e a natureza da acusação.
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No início desta semana, os meios de comunicação israelenses informaram que Netanyahu está perto de chegar a um acordo judicial em seu julgamento por corrupção.
O acordo relatado veria Netanyahu admitindo duas acusações de quebra de confiança, resultando em uma sentença de prisão suspensa e alguns meses de prisão que serão comutados para serviço comunitário.
No entanto, o principal ponto de discórdia parece ser a insistência do procurador-geral, Avichai Mandelblit, acerca da acusação de torpeza moral, uma cláusula que impediria Netanyahu da vida política por sete anos.
Netanyahu está sendo julgado em três casos de corrupção separados: por fraude e quebra de confiança no Caso 1000 e no Caso 2000; por suborno, fraude e quebra de confiança no Caso 4000.