Dezessete crianças foram mortas no Iêmen em janeiro, devido aos confrontos em curso no país assolado pela guerra, confirmou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
“Segundo as informações, o número de crianças mortas apenas desde o início do ano chegou a dezessete”, comentou Ted Chaiban, diretor da Unicef para Oriente Médio e Norte da África. “É quase o dobro do número de vítimas em todo o mês de dezembro”.
De acordo com Chaiban, as crianças são ainda as principais vítimas dos sete anos de conflito no Iêmen. Mais de dez mil crianças foram mortas ou feridas no país desde 2014, acrescentou o oficial das Nações Unidas, ao advertir, contudo, para a enorme subnotificação.
Chaiban exortou as partes em conflito e seus países aliados a “respeitar a lei internacional e proteger a população civil, incluindo crianças, em todas as ocasiões”.
“Civis e estruturas civis, como escolas e hospitais não devem ser alvejadas”, reafirmou.
O Iêmen é assolado por violência e instabilidade desde 2014, quando rebeldes houthis, ligados a Teerã, capturaram grande parte do país, incluindo a capital Sanaa. No ano seguinte, uma coalizão liderada pela Arábia Saudita interveio no país para restaurar o governo aliado.
O conflito resultou na pior crise humanitária do mundo produzida pelo homem, com quase 80% da população — de um total de 30 milhões de pessoas — sob dependência de ajuda e proteção para sobreviver. Treze milhões de pessoas permanecem à margem da fome, segundo a ONU.
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