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Corte israelense recusa retorno de família de Sheikh Jarrah

Tratores israelenses limpam os destroços da residência da família Salehiyah, no bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém ocupada, 19 de janeiro de 2022 [AHMAD GHARABLI/AFP via Getty Images]

A Corte Central de Israel indeferiu neste domingo (23) um processo registrado pela família Salehiyah solicitando a reconstrução e o retorno à sua casa, no bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém ocupada, segundo informações da agência de notícias Sama.

A residência foi demolida pela polícia da ocupação, após a expulsão à força dos membros da família, na última quarta-feira (19). Vinte e seis membros da família foram presos na ocasião, além de ativistas israelenses no local. Segundo o jornal Times of Israel, muitos dos presos já foram libertados.

O tribunal rejeitou o recurso registrado pelo advogado da família, ao alegar que “a demolição é uma realidade em campo”; o processo será encaminhado agora à Suprema Corte.

A família Salehiyah foi expulsa originalmente de sua casa em 1948, durante a Nakba — isto é, a criação do Estado de Israel via limpeza étnica planejada. A propriedade onde construíram seu novo lar foi adquirida em 1956, como parte de um acordo com a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) e o governo da Jordânia.

Cerca de 500 palestinos vivem em 28 casas em Sheikh Jarrah e enfrentam a mesma ameaça de expulsão pelas mãos da ocupação israelense, após anos de colaboração entre os tribunais sionistas e associações de colonos ilegais. Os tribunais, segundo advogados e ativistas, sempre julgam a favor dos colonos, que reivindicam posse das terras e estruturas palestinas.

LEIA: Lobby sionista vê vitória de ativistas palestinos na justiça

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