A Corte Central de Israel indeferiu neste domingo (23) um processo registrado pela família Salehiyah solicitando a reconstrução e o retorno à sua casa, no bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém ocupada, segundo informações da agência de notícias Sama.
A residência foi demolida pela polícia da ocupação, após a expulsão à força dos membros da família, na última quarta-feira (19). Vinte e seis membros da família foram presos na ocasião, além de ativistas israelenses no local. Segundo o jornal Times of Israel, muitos dos presos já foram libertados.
O tribunal rejeitou o recurso registrado pelo advogado da família, ao alegar que “a demolição é uma realidade em campo”; o processo será encaminhado agora à Suprema Corte.
A família Salehiyah foi expulsa originalmente de sua casa em 1948, durante a Nakba — isto é, a criação do Estado de Israel via limpeza étnica planejada. A propriedade onde construíram seu novo lar foi adquirida em 1956, como parte de um acordo com a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) e o governo da Jordânia.
Cerca de 500 palestinos vivem em 28 casas em Sheikh Jarrah e enfrentam a mesma ameaça de expulsão pelas mãos da ocupação israelense, após anos de colaboração entre os tribunais sionistas e associações de colonos ilegais. Os tribunais, segundo advogados e ativistas, sempre julgam a favor dos colonos, que reivindicam posse das terras e estruturas palestinas.
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