O Alto Comitê de Acompanhamento Árabe, que representa os cidadãos palestinos do Estado de Israel, convocou uma manifestação em frente à sede do governo em Jerusalém ocupada, contra a expropriação de terras nativas pelo Fundo Nacional Judaico, no deserto do Negev.
Segundo o comitê, haverá também protestos sit-ins e encontros de conscientização em cidades e aldeias árabes dentro do território de 1948 — isto é, ocupado durante a Nakba ou catástrofe, via limpeza étnica, que culminou na criação de Israel.
O comitê realizou uma reunião de emergência neste sábado (22), em uma tenda pertencente a Khalil al-Atrash, na aldeia de Sa’wa, na região do Negev. O chamado foi feito após uma escalada no número de prisões contra palestinos na área, além de casos de incitação racista e destruição de propriedades pelas autoridades da ocupação.
Aqueles que participaram do encontro confirmaram que o ataque contra diversos manifestantes do Negev em 13 de janeiro foi premeditado. Os palestinos reivindicaram então o fim de todas as medidas arbitrárias e repressivas contra os residentes locais, suas casas e suas terras.
Enquanto isso, famílias, ativistas e líderes comunitários protestaram pelo sétimo dia consecutivo em frente ao tribunal israelense de Beersheba, contra a atual campanha de perseguição policial. Mais de 150 palestinos, incluindo menores, foram detidos por protestar contra planos do Fundo Nacional Judaico para confiscar terras árabes e transferí-las ao uso exclusivo de colonos judeus.
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