Nesta quarta-feira (26), autoridades sudanesas renovaram a licença de trabalho da rede de notícias Al Jazeera, analisada anualmente; porém, excluíram a emissora Al Jazeera Mubasher.
O Conselho Nacional de Imprensa do Sudão afirmou em nota que seu presidente, Abdul-Azim Awad, recebeu em seu escritório o diretor da Al Jazeera em Cartum, Al-Muslim Al-Kabbashi, e “apresentou a ele observações objetivas e profissionais sobre a performance da agência”.
“A Al Jazeera Mubasher continua a transmitir da capital por meios privados, o que se aproxima da pirataria, dado que está fora do âmbito oficial acordado”, acrescentou o comunicado.
Em 16 de janeiro, autoridades sudanesas revogaram a licença da Al Jazeera Mubasher, ao citar “cobertura não profissional” sobre os acontecimentos no país norte-africano, em referência a transmissões concernentes a protestos populares contrários ao golpe militar.
Na ocasião, o Ministério da Informação alegou que a “abordagem pouco profissional [da Al Jazeera] … prejudicou os principais interesses e a segurança do país”.
Desde 25 de outubro, o Sudão vive protestos contra as “medidas excepcionais” adotadas pelo comandante do exército, Abdel-Fattah al-Burhan, sobretudo a dissolução do Conselho Soberano, a deposição de ministros civis e a imposição de um “estado de emergência”.
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