A Arábia Saudita e a China se comprometeram a ampliar sua cooperação no campo da defesa e das relações militares bilaterais, fortalecendo ainda mais os laços entre os dois países.
Em uma reunião virtual ontem, o ministro da Defesa Nacional da China, Wei Fenghe, e o vice-ministro da Defesa da Arábia Saudita, Khalid bin Salman, concordaram em maior coordenação e cooperação em oposição às táticas hegemônicas e de intimidação na região, ao mesmo tempo em que defendem a proteção dos interesses de Nações em desenvolvimento.
Wei afirmou que os militares chineses estão dispostos a manter comunicações estratégicas com as forças armadas sauditas de acordo com o mecanismo de cooperação planejado entre eles. Ele também expressou o objetivo de aumentar a solidariedade no confronto da pandemia de covid-19 em andamento.
Khalid bin Salman elogiou a parceria estratégica e o progresso nas relações militares entre Riad e Pequim, dizendo que vem se desenvolvendo constantemente e reiterou a necessidade de mais cooperação militar.
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O ministro chinês também agradeceu a bin Salman pelo apoio dedicado do Reino à perseguição da China à população muçulmana uigur na província de Xinjiang, no noroeste, e à supressão do movimento democrático antiPequim em Hong Kong.
A Arábia Saudita está entre a lista de países de maioria muçulmana que se recusaram a condenar ou investigar a perseguição aos uigures e que concordaram em colaborar com Pequim na deportação de uigures para o exterior de volta à China. Outros incluem Emirados Árabes, Egito, Paquistão e Marrocos.
Vários uigures também estão detidos sob as autoridades sauditas e correm o risco de deportação de volta à China, incluindo um estudioso islâmico que foi relatado no início deste mês estar à beira da deportação.
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