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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel lança campanha para desacreditar investigação da ONU sobre guerra em Gaza

Crianças são vistas dentro de uma escola danificada após os ataques israelenses na cidade de Gaza, Gaza, em 26 de maio de 2021 [Ahraf Amra/Agência Anadolu]

Autoridades israelenses iniciaram uma campanha para desacreditar uma comissão da ONU formada para investigar sua guerra em Gaza em maio passado e as causas do prolongado conflito na Cisjordânia ocupada e em Gaza, informou o site de notícias Axios.

De acordo com o site, o Ministério das Relações Exteriores de Israel enviou um telegrama confidencial para todas as missões diplomáticas israelenses em todo o mundo, no qual designou a comissão de inquérito como sua “prioridade máxima” na ONU em 2022.

Segundo o site, o telegrama informava que o Ministério das Relações Exteriores estava prestes a iniciar uma campanha diplomática sobre o assunto que será intensificada antes da reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU em março.

Autoridades israelenses temem o relatório da comissão; esperado em junho, se referirá a Israel como um “Estado do Apartheid” e suas descobertas podem prejudicar a reputação de Israel, particularmente entre os progressistas do Ocidente.

Em maio passado, o Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra votou para formar a Comissão de Inquérito sobre a guerra de Israel na Faixa de Gaza sitiada.

Durante 11 dias, Israel lançou uma de suas guerras mais mortíferas na Faixa de Gaza, matando mais de 260 palestinos, ferindo outras centenas e causando danos materiais significativos à já frágil infraestrutura.

A prática do apartheid em Israel é conhecida há décadas, com ex-primeiros-ministros e diplomatas israelenses alertando que o futuro do estado de ocupação espelharia o racismo da África do Sul sob o domínio branco. Mais recentemente, proeminentes grupos de direitos humanos Human Rights Watch e B’Tselem publicaram relatórios detalhados sobre a prática de apartheid de Israel e a promoção e perpetuação da supremacia judaica entre o Mar Mediterrâneo e o Rio Jordão.

LEIA: Lobby de Israel pressiona congressista dos EUA a diminuir críticas a Israel

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