Jordânia emite número recorde de autorizações de trabalho para sírios

A Agência da ONU para Refugiados, Acnur, está destacando o enorme progresso feito pela Jordânia em incluir os refugiados sírios no mercado de trabalho. No ano passado, o governo jordaniano emitiu 62 mil autorizações aos civis da Síria, um número recorde.

Segudo o Acnur, os refugiados podem trabalhar em vários setores da economia da Jordânia desde 2016, depois da comunidade internacional financiar uma iniciativa do país em melhorar o acesso ao emprego legal e à educação para os sírios forçados a fugir de suas casas.

O representante do Acnur na Jordânia, Dominik Bartsch, declarou que a autorização de trabalho apoia na diminuição da dependência de ajuda humanitária. A Jordânia abriga 760 mil refugiados e requerentes de asilo, sendo que 670 mil são da Síria.

Com isso, o país está em segundo lugar entre os que mais acolhem sírios no mundo, ficando atrás apenas do Líbano. O Acnur explica que metade das novas autorizações de trabalho são flexíveis, permitindo que os refugiados mudem de emprego dentro do mesmo setor.

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No mundo todo, apenas 38% dos refugiados vivem em países com acesso irrestrito ao emprego formal. O Acnur destaca que mesmo com as autorizações, as pessoas encontram dificuldade para arrumar trabalho, já que as taxas de desemprego nos países de acolhida são altas. Na Jordânia, o índice chega a 23%.

Ajuda no combate à pandemia  

Ao mesmo tempo, a agência lembra que os refugiados podem trazer inovação, rentabilidade, partilhar redes de contato e conhecimento técnico para o ambiente de trabalho, fazendo grandes contribuições.

Antes, os refugiados sírios na Jordânia podiam trabalhar apenas na agricultura, na construção e no setor de manufaturas, mas desde o ano passado, as permissões foram ampliadas para mais setores, incluindo para profissionais do setor de saúde que começaram a ajudar no combate à Covid-19.

Publicado originalmente em Onu News

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