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Tribunal egípcio condena dez membros da Irmandade Muçulmana à morte

Sala do tribunal no Cairo, Egito, em 28 de julho de 2018 [Khaled Desouki/AFP/Getty Images]

No domingo, 30 de janeiro de 2022, a agência de notícias Egyptian Middle East informou que um tribunal decidiu encaminhar os documentos preparatórios para a execução de dez membros da Irmandade Muçulmana acusados de “formar grupos armados para realizar operações hostis”.

De acordo com o tribunal, eles teriam formado as “Brigadas Helwan”, em referência a uma área ao sul do Cairo.

O tribunal também marcou outra sessão em 19 de junho de 2022, a fim de emitir a decisão final.

Uma reportagem divulgou a conclusão do tribunal de que “os réus, durante o período de 14 de agosto de 2013 a 2 de fevereiro de 2015, nas províncias de Cairo e Gizé, assumiram a liderança de um grupo fundado em violação das disposições da lei”. Sua finalidade era “violar a Constituição e as leis, impedindo as instituições estatais e as autoridades públicas de exercerem o seu trabalho, atentando contra a liberdade pessoal dos cidadãos e as liberdades e os direitos públicos garantidos pela Constituição e a lei, prejudicando a unidade nacional e a paz social”.

A decisão judicial de hoje contra opositores egípcios ocorre em um momento em que organizações internacionais e países ocidentais acusam o regime egípcio de não ser transparente no julgamento de seus oponentes e de politizar as decisões, a exemplo do que afirmam os relatórios emitidos pela Holanda. Nos últimos meses, a Alemanha falou de violações massivas dos direitos humanos no Egito.

LEIA: Líder de Irmandade Muçulmana é condenado à prisão perpétua por tribunal egípcio acusado de ‘espionagem para o Hamas’

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