O governo israelense não negociará um acordo com os palestinos, insistiu nesta segunda-feira (31) o Ministro da Defesa de Israel Benny Gantz; contudo, reafirmou a possibilidade de novas conversas no futuro, segundo informações do jornal The Jerusalem Post.
“Não promoveremos acordos, mas manteremos contato para que um horizonte diplomático seja possível, para garantir nossa segurança, nosso poderio internacional e a continuidade do projeto sionista”, declarou Gantz ao parlamento.
Seus comentários serviram de resposta a uma moção de censura registrada pelo partido de oposição Likud referente aos recentes encontros de Gantz com o Presidente da Autoridade Palestina (AP) Mahmoud Abbas.
Segundo o ex-chefe do estado maior do exército israelense, seu diálogo com Ramallah serve aos interesses de Tel Aviv. As boas relações com os palestinos “são críticas para nossa segurança, ao futuro de nossas crianças e a imagem projetada de Israel”, insistiu Gantz.
“Queiramos ou não, a AP é a liderança legítima e reconhecida de nossos vizinhos; ao longo dos anos, desde sua criação, todo governo israelense manteve colaboração e coordenação com ela, apesar de divergências árduas e profundas”, prosseguiu o ministro ao Knesset.
“Ao mesmo tempo, diferente daqueles que promoveram esforços nos bastidores, escolhi realizar abertamente os encontros em Ramallah e Rosh Ha’ayin”, acrescentou o ministro sionista, em referência à sede do governo palestino e sua residência oficial.
Segundo Gantz, sua coordenação econômica, porém, exige retorno por parte dos palestinos. “O enfraquecimento da Autoridade Palestina e nosso afastamento favoreceu o Hamas, prejudicou nossa segurança e falhou em examinar os resultados”, concluiu o ministro.
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