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Houthis usam ajuda humanitária para ‘chantagem e recrutamento’, alega premiê iemenita

Primeiro-Ministro do Iêmen Maeen Abdulmalik Saeed chega em Aden, 18 de novembro de 2019 [SALEH AL-OBEIDI/AFP via Getty Images]

O governo iemenita acusou o grupo paramilitar houthi, ligado a Teerã, de utilizar a assistência humanitária para “chantagear e recrutar” cidadãos locais, segundo informações da agência de notícias Anadolu. O premiê Maeen Abdulmalik Saeed fez suas acusações durante reunião com David Gressly, coordenador humanitário das Nações Unidas no país assolado pela guerra.

Ambos debateram os desafios enfrentados pelas organizações assistenciais.

“Os houthis impõem obstáculos para sabotar o trabalho das organizações, roubar a assistência humanitária e então utilizá-la conforme sua agenda”, afirmou Saeed, ao insistir na importância de maior fiscalização da situação em campo, a fim de impedir o desvio de recursos.

Por quase uma década, o Iêmen é tomado por uma guerra civil entre o governo reconhecido internacionalmente e rebeldes houthis. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), ao menos 377 mil pessoas foram mortas e milhões foram deslocados.

As perdas econômicas do Iêmen são estimadas em US$126 bilhões.

A ONU descreve a situação no país como a pior crise humanitária do mundo.

LEIA: Segundo relatório da ONU, centenas de crianças recrutadas por rebeldes do Iêmen foram mortas em 2021

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