Uma série de indivíduos palestinos e grandes facções expressaram sua oposição à realização de uma reunião do Conselho Central do Conselho Nacional Palestino (PNC, na sigla em inglês) sem um acordo nacional em vigor, informou a agência de notícias Safa nesta segunda-feira. A reunião foi proposta pelo Fatah e pela Autoridade Palestina para acontecer na cidade ocupada de Ramallah, na Cisjordânia.
De acordo com figuras palestinas bem conhecidas e acadêmicos de dentro e fora da Palestina, a insistência do Fatah em realizar a reunião, apesar da falta de um acordo nacional, visa garantir que certas figuras do Fatah e da AP sejam nomeadas para cargos importantes dentro do PNC. Essa oposição à reunião segue-se ao anúncio da Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP) em que reafirmou o seu boicote às reuniões do PNC sob a atual estrutura liderada pelo Fatah.
“Estamos pedindo a eleição de um novo PNC que represente todos os palestinos ao redor do mundo”, explicou Salman Abu Sitta, secretário-geral da Conferência Popular para Palestinos no Exterior. O veterano defensor dos direitos palestinos descreveu a planejada “reforma” do PNC como um “golpe” contra os interesses palestinos e uma “punhalada nas costas” do órgão que representa o povo da Palestina ocupada.
Amal Khreesheh, da Aliança Popular para a Mudança, disse que a convocação para realizar a reunião do PNC é uma “indicação do aprofundamento da exclusividade e dominação sobre a OLP e seus órgãos”. Ela alertou que os resultados da reunião prejudicariam a causa palestina, reforçariam a divisão interna e levariam a um acordo de “paz econômica” com o Estado de ocupação israelense.
LEIA: Abbas pediu que ministro de Israel liberte prisioneiros do Fatah