A Autoridade Palestina disse, na segunda-feira, que Israel “pratica as piores formas de limpeza étnica” e “realiza crimes” contra os palestinos, informou a Agência Anadolu. A AP fez seu comentário depois que a Anistia Internacional acusou Israel de “apartheid”, bem como de “crimes de guerra e crimes contra a humanidade”.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Yair Lapid, criticou o relatório da Anistia, que foi divulgado na íntegra hoje. Lapid afirmou que Israel é um estado democrático enquanto ignora o fato de que está “ocupando outra nação, roubando suas terras e praticando a pior forma de limpeza étnica contra eles”.
A declaração da AP descreveu a afirmação de Lapid de que Israel está comprometido com o direito internacional como uma “brincadeira”. Ele perguntou: “Com qual lei internacional Israel está comprometido?”.
O relatório da Anistia Internacional foi descrito como “um marco” com “novas pesquisas e análises detalhando as violações de Israel contra o povo palestino”. O relatório se concentra “nas políticas e práticas do governo israelense em relação aos palestinos em todos os territórios sob seu controle e estabelece as obrigações de Israel sob a lei internacional”.
A organização de direitos humanos acrescentou que o relatório “abrangente” “documenta como as apreensões maciças de terras e propriedades palestinas, assassinatos ilegais, transferências forçadas, restrições drásticas de movimento e a negação de nacionalidade e cidadania aos palestinos são todos componentes de um sistema discriminatório que equivale a um crime contra a humanidade sob o direito internacional”.
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