O apoio das elites financeiras e intelectuais do Sudão à normalização de laços com a ocupação israelense caiu gradativamente no país, devido ao aval concedido pelo estado sionista aos líderes do golpe militar, reportou nesta terça-feira (1°) a agência de notícias Sama.
Segundo as informações, a imprensa israelense observou que um grande número de sudaneses passaram a culpar Tel Aviv pela repressão em curso contra protestos contrários ao golpe.
O Sudão vive um turbilhão político desde 25 de outubro, quando o comandante máximo do exército, Abdul Fattah al-Burhan, impôs “medidas de emergência” para destituir o primeiro-ministro Abdallah Hamdok e transferí-lo à prisão domiciliar.
Grupos da oposição sudanesa acusam a ocupação israelense de conferir apoio e ferramentas ao exército sudanês, para que este possa reprimir as manifestações e espionar telefones.
Sinais deste apoio, segundo as informações, puderam ser vistos na recente visita de uma equipe de segurança israelense a Cartum, capital do país norte-africano.
Como resultado, o apoio à normalização desabou no Sudão.
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