Um jovem foi detido por ordem do promotor público da Tunísia por supostamente “insultar” o presidente, Kais Saied, nas redes sociais. A prisão foi feita em meio a crescentes alertas locais e internacionais de liberdades sendo violadas no país.
Os meios de comunicação locais informaram que o homem é residente de Bardo, na capital, Túnis. Ele aparentemente postou um videoclipe em sua página no Facebook no qual falou “sobre a Câmara dos Deputados e a Presidência da República” e compartilhou uma série de fotos ao lado de outras declarações.
Organizações de direitos humanos na Tunísia acreditam que a acusação contra ele se baseia no artigo 67 do Código Penal datado de 1913. Isso, segundo eles, é uma ferramenta usada pelas autoridades para erradicar opositores políticos. Eles pediram que a lei fosse revista.
A organização Repórteres sem Fronteiras alertou contra a violação de direitos e liberdades na Tunísia desde o “golpe de Saied” em 25 de julho do ano passado. Na semana passada, grupos da sociedade civil na Tunísia expressaram “medos reais sobre as liberdades” e pediram diálogo político para resolver a crise atual.
Além disso, 32 grupos de direitos civis e humanos enfatizaram, em uma declaração conjunta, a importância de “proteger os direitos e as liberdades públicas e individuais, especialmente a liberdade de expressão, mídia e liberdade de organização e liberdade de opinião” na Tunísia.
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